A militância LGBT está falhando miseravelmente

Eu, Luana, 40+, sou lésbica desde que me entendo por gente, sou casada com uma mulher e vivo feliz com a minha família há mais de 10 anos.

Nunca precisei me expor a nenhuma situação vexaminosa ou colocar qualquer parente meu crucificado por causa da minha orientação sexual.

Eu nunca fui apontada por ser lésbica. Normalmente, sou vista como qualquer outra pessoa que trabalha, estuda, sai pra passear, viaja, tem opinião própria, sabe ouvir e sabe falar o que pensa, dentre muitos outros atributos como qualquer ser humano com o mínimo de bom senso.

Eu nunca militei a favor da causa LGBT. Quando eu era mais jovem e morava em Brasília, sempre ouvia falar de uma moçada militante que saía pra fazer “beijaços” em barzinhos que proibiam os beijos públicos entre pessoas do mesmo sexo. Nunca participei. Nunca gostei de exposição, simplesmente porque me considero uma pessoa comum como qualquer outra e não preciso beijar ninguém em público para afirmar o amor e carinho que eu sinto.

Nunca fui a favor dos milhares de termos e linguajares típicos da militância, simplesmente porque não vejo a necessidade de que para eu “fazer parte da sociedade”, eu precise me destacar nela. Pra exigir respeito, eu precise desrespeitar quem não pensa como eu. Que para “vencer”, eu precise cancelar todos que se colocarem em oposição a qualquer coisa que eu defenda.

Eu sei que o preconceito existe, sei que muitos familiares são cruéis com o LGBT, mas os tempos mudaram e muito disso vem da maturidade da sociedade como um todo, adquirida com o passar do tempo.

A comunidade LGBT, ao meu ver, são pessoas pacíficas que desejam um mundo mais amigável para viver, e tem o meu total apoio.

Agora, a militância LGBT, está falhando em vários aspectos. Não por não conseguirem o que querem, mas por quererem massacrar a moral de quem pensa de forma diferente da pauta deles, até mesmo se você se identificar como um LGBT: ou você concorda 100% com o que eles pregam, ou você é fascista, coxinha, pobre de direita, neonazista e tantos outros adjetivos abjetos.

O que eu estou vendo na internet e na vida real hoje em dia, são pessoas LGBT sedentas por vigança, por destruir famílias, destruir negócios, cancelar tudo e todos que se opuserem à pauta deles, levar pessoas legais a se sentirem um lixo completo porque expuseram uma ou outra coisa que a causa LGBT prega como errada. Então essa pessoa legal automaticamente se torna o pior lixo da face da Terra e merece ser jogado num buraco negro do universo. Não importa nem mesmo se essa pessoa fez tantas coisas boas, ajudou, lutou por uma internet mais livre e divertida… não importa. Tudo o que importa agora é destruir a moral dessa pessoa e pregar a todos o quão suja ela é. Não importa se essa pessoa se arrependeu e mudou o jeito de pensar e agir. Não importa se existe um ser humano com sentimentos e preferências pessoais ali na outra ponta.

Eu não me orgulho de nada disso.

Portanto, deixo aqui a minha chateação, a minha vergonha por saber que outras pessoas que compartilham uma orientação sexual comigo tenham se tornado tão chatas e cruéis. A militância política fede, porque ela quer transformar a “causa” em assassinatos morais de pessoas que são gente como a gente, porque pra mim, não se trata de ser gay, lésbica ou trans, mas sim de respeitar a todos como seres humanos que somos.

A militância está se tornando tudo aquilo que ela tanto detestava: intolerante, chata, arrogante, vigilante da vida alheia e praticante de bullying virtual.

Eu, de fato, não tenho esse orgulho LGBT.

Quando todos vão pras ruas no dia do orgulho, eu agradeço a Deus por ser uma pessoa feliz que busca viver uma vida o mais comum possível, cuidando de quem eu amo e me divertindo com respeito a todos ao meu redor.

Respeitar quem pensa diferente é o que constrói a liberdade, e não o contrário.

Sejam livres!